Volei Falado: A idade da Inocência

domingo, 9 de dezembro de 2012

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Começava esta minha crónica pedindo desculpas aos leitores pelo facto de na última crónica que aqui postei ter dito que seria a última deste ano, mas não será, pois tenho um sentido de humor muito brincalhão e preguei uma pequena mentira, na qual peço que me desculpem.

O titulo desta minha crónica, pode ser até no mínimo curioso e ao qual muitos perguntarão o porque dele e passo a explicar ao que se deve.

Neste domingo a convite do meu amigo Artur Nunes, fui assistir a um jogo da sua equipa ao pavilhão Municipal de Gueifães, Maia, entre as formações do GDC Gueifães e o Boavista FC na categoria de Infantis Femininos.

O jogo em si, não foi nada de especial, apenas com um sentido e com a meu entender apenas uma equipa com vontade de ganhar o encontro, que neste caso foi a equipa da casa, o Gueifães.

Contudo o jogo despertou-me muita atenção e com olhos de ver, analisei algo ao qual já não me recordava de ver. Habitualmente costumo dizer que cada escalão de formação corresponde a uma fase e cada fase atribui um nome ou um titulo, e por tal, nesta categoria de infantis chamo da idade da inocência e explico o porque?

Analisando o jogo, apenas deu um sentido, o Gueifães atacou e venceu categoricamente, mas ainda assim deu para ver algo que já não via há muito, muitas manchetes, muitos passes, serviços falhados parte a parte, poucos ataques e acima de tudo a ausência de blocos. Quem assistiu ao jogo podia dizer que estava a ver um jogo de minis, com apenas mais jogadores em campo e um árbitro presente.

Realmente durante o jogo, apenas a equipa do Gueifães conseguiu fazer alguns ataques, quase sempre pelas mesmas atletas e quando o passe para o ataque era proporcionado a tal, da parte do Boavista, contaram-se pelos dedos, neste caso, nenhum, daqueles ataques que gostamos de ver, em que as atletas atacam de cima para baixo, esses não apareceram, apenas uns muito tímidos. 

Outro dos pormenores que me destacou no encontro foi a quantidade de jogadas em que a bola ia e vinha sempre em manchete, aliás alguém que se encontrava perto de mim contava o numero de manchetes protagonizadas em algumas jogadas. 

Engraçado se tornou ainda, quando a dada altura assistimos há inocência de algumas jogadoras em situações de jogo, em que vem a bola a vir na sua direcção e de uma forma estranha, ignoram-na, e depois muito inocentes dão aquele ar de suspiro ou o “saltinho” de como quem dissesse,” esta era minha, ups”, mas o facto é que situações destas acontecem durante o jogo.

Afinal, e talvez por nunca ter treinado este escalão em femininos, me faz pensar que realmente esta idade é estranha face ás outras, em que as atletas ainda nesta tenra idade se questionam nas suas reais capacidades.
Não sei se foi só neste jogo e neste escalão, ou se tal acontece em outras equipas nestas idades. 

Tal encontro fez-me lembrar o passado já distante, mas o presente para alguns não fica muito atrás. Agora desejar que o progresso siga o seu curso, e que num futuro mais próximo já consigamos assistir a grandes progressos.


Joaquim Teixeira
MAISVOLEIBOL


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