Saída de Rede: Brasil, considerações de duas semanas de Grand Prix

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

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Paula Pequeno está de volta. Depois de uma temporada complicada, a MVP da Olimpíada de Pequim conseguiu achar o bom vôlei que possui e é novamente uma ótima opção de ataque para a seleção brasileira. 
Nada como umas boas semanas enfurnadas em Saquarema com treinos físicos adequados e uma boa orientação técnica.

- Thaisa está voando. Disparado a melhor jogadora do Brasil até agora.

- Aliás, o bloqueio da seleção vem muito bem, incluindo ótimas contribuições de Dani Lins. O problema da “mão de fora”, que tanto atormentou o time no ano passado, foi corrigido.


- A defesa, em compensação, ainda precisa ser muito testada

- O saque está legal. Muita gente reclama porque o Brasil não dá porrada na bola, mas a tática do Zé em concentrar as bolas na posição 1 para dificultar a vida da levantadora adversária é bem eficiente, apesar de não render muitos aces.

- Contra a Itália, Sheilla foi pela primeira vez em meses substituída porque estava jogando mal. No fundo, isso pode ser positivo para o Brasil, já que é preciso ter alguém pronta para substituí-la em caso de necessidade durante um jogo importante. Ainda é cedo para maiores conclusões, mas Tandara me parece bem disposta a agarrar essa oportunidade. Seria o fim das chances de Joycinha?

- Outra que está prontinha para aproveitar uma chance é Fernanda Garay. Se no ano passado apenas compôs elenco no Mundial, ela agora tem entrado ao menos alguns minutos em todos os jogos e vem mantendo um bom nível. A disputa entre as ponteiras na seleção está cada vez melhor!

- Ok, admito: quero Jaqueline de volta logo à seleção para ver essa briga pegar fogo para valer.

- Em um jogo Dani Lins atua bem e Fabíola, mal. No seguinte, acontece o contrário. O desempenho das levantadoras do Brasil é sempre uma incógnita. Uma instabilidade que deve acontecer pelo menos até a Olimpíada de Londres, para desespero dos torcedores brasileiros. Que se acostumem, enquanto elas jogam o máximo possível para minimizar os efeitos da inexperiência em grandes partidas.

- Muitas das dificuldades das levantadoras têm origem no passe complicado de Mari e Paula. Com as duas em quadra, ganha-se muito em ataque, mas perde-se na recepção. É uma escolha, que funcionou bem em Pequim. Para funcionar de novo, é treino, treino, treino, treino e treino. E, mesmo assim, será sempre um risco.

- Bem legal ver que o vôlei feminino não é um esporte morto na Argentina. O caminho para elas ainda é muito longo, mas ao menos algo está sendo feito. Já a Rússia, sempre perigosa (e olha que a Sokolova ainda está de férias). Sérvia e Tailândia são, dentro de suas limitações, surpresas positivas, enquanto Cuba e China só acumulam decepções... E o Japão continua aquele time maluco, que pode tanto ganhar de um favorito como ser completamente dominado e perder por 3 a 0.

- O Grand Prix dá sono e não é só porque os jogos passam de madrugada no Brasil. Trata-se de uma competição muito desgastante para todo mundo. Já passou da hora de repensar seu formato.
Carolina Canossa
 Colunista do Brasil

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