Saída de Rede: Análises individuais do Brasil

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Share this history on :
Depois da prata no Grand Prix, é hora de a gente fazer uma análise desta primeira metade da temporada da seleção brasileira feminina de vôlei. Meus comentários estão abaixo e a caixinha também está aberta para o de vocês:

Adenízia: Praticamente não jogou. Impossível fazer uma análise, mas é claro que está perdendo espaço para Juciely como terceira central.

Dani Lins: Sem dúvida nenhuma fez no Grand Prix sua melhor competição com a camisa da seleção brasileira até hoje. Mostrou entrosamento com as atacantes, abusou do meio e parou de sobrecarregar Sheilla. Pode melhorar sua leitura de jogo, mas a evolução apresentada é evidente. Destaque ainda para a eficiência no bloqueio e a melhora no saque.

Fabi: Não é mais a showoman de temporadas anteriores, mas a semifinal contra a Rússia provou que ainda tem uma importância muito grande para a seleção brasileira. É uma das líderes do time e merece ficar pelo menos até Londres-2012.

Fabiana: Não tem sido brilhante e está visivelmente abaixo de Thaisa no momento, mas também não compromete. Me preocupa o fato de estar usando uma grande quantidade daquelas fitas contra a dor (não lembro o nome) no braço direito. É sinal de dor em um local no qual ela sofre com uma tendinite que se arrasta desde meados de 2009.

Fernanda Garay: Superou a desconfiança de muitos de que seria apenas uma "jogadora de clube". Não sentiu o peso da oportunidade que ganhou do Zé Roberto, atacou sem medo e foi muito bem no passe - combinados, estes dois últimos fatores podem ser um diferencial na briga por uma vaga em Londres. Aumentou a "dor de cabeça" do Zé, mas precisa continuar atuando bem no restante da temporada para se credenciar de vez na disputa com jogadoras que já estão há mais tempo na seleção.

Fabíola: Acabou ofuscada por Dani Lins e não fez a diferença quando a titular não esteve bem. A exceção ficou por conta do jogo contra a Alemanha, ainda na primeira fase. Depois de uma Superliga abaixo do esperado, precisa correr atrás do prejuízo porque a comissão técnica já deixou claro que Ana Tiemi não é uma opção descartada.

Juciely: Outra que jogou pouco porque Thaísa e Fabiana "não dão espaço" para ninguém. Porém, tem imenso crédito pela excelente Superliga e entrou mais em quadra que Adenízia, o que é um sinal positivo.

Mari: Braço rápido, uma habilidade muito grande no ataque, mas o passe ainda ficou devendo. Precisa se benzer porque pelo segundo ano seguido perde as finais do Grand Prix por contusão.

Natália: Depois da cirurgia para a retirada do tumor na canela ainda está recuperando o ritmo de jogo. Também acho que tem demorado um pouco para entrar nas partidas, mas foi evoluindo constantemente no campeonato. Na final, por exemplo, foi quem teve a atuação menos ruim na seleção.

Paula: Depois de meses sombrios, voltou a mostrar o talento que a fez conquistar o título de MVP em Pequim. O passe, porém, ainda é uma deficiência a ser urgentemente corrigida. Pode acompanhar Mari na benzedeira, já que também voltou a se machucar em uma fase final do Grand Prix.

Sheilla: Deixou de ser sobrecarregada por Dani Lins porque a levantadora evoluiu ou Dani evoluiu porque deixou de sobrecarregá-la? Pergunta difícil de responder, mas o fato é que Sheilla deixou de ser a opção constante no ataque. De qualquer forma, esteve longe de fazer um campeonato brilhante, mas ainda possui muito crédito. Como ponto positivo, o saque está cada vez mais venenoso.

Tandara: Aproveitou bem o fato de Sheilla não ter ido bem em alguns momentos e conquistou um espaço que Joycinha nunca conseguiu ocupar na seleção. Aproveitou o fato de ser pouco conhecida das demais seleções e soltou o braço nos ataques, além de ter feito ótimas passagens pelo saque. Uma das melhores surpresas da seleção este ano ao lado de Garay.

Thaisa: A melhor jogadora do Brasil neste momento, sem dúvida nenhuma. Está com um tempo de bloqueio sensacional, um saque eficientíssimo e muito bem entrosada com Dani Lins. Uma pena que a final apagada lhe tenha tirado aquele que seria um merecido título de MVP do Grand Prix.

Sassá: Maior prova que não é preciso ser brilhante para estar na seleção. É clichê, mas um time não se faz só de estrelas, é preciso também ter as "operárias". Sassá exerce essa função muito bem e está sempre a postos para as necessidades da comissão técnica, especialmente no famigerado passe. "Funcionária-padrão", tem a total confiança de Zé Roberto. Como alguém disse aqui, acho que ele nem cogita entrar no avião para Londres sem ela.

De uma maneira geral, bloqueio, saque e ataques pelo meio, foram os pontos altos do Brasil até agora. Por outro lado, o time ainda peca muito no passe e tem demorado a entrar no jogo. Não creio que o time vá ter maiores problemas até o fim do ano, mas em um cenário equilibrado como é o vôlei feminino, já cansamos de aprender que todo cuidado é pouco.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Leia antes de fazer o seu comentário:
- Todos os comentários serão revistos pela administração antes de serem publicados
- Palavras ofensivas serão removidas
- Os comentários não reflectem a opinião dos autores
- Não coloque links no comentário para divulgar outro blog ou site, basta utilizar o OpenID na hora de enviar o comentário e o seu link ficará gravado.
- Administração agradece que não comente em "anónimo"
Este blog respeita todos os seus leitores. Obrigado pelo comentário!