No passado sábado, tivemos a final da Taça em voleibol feminino, frente a frente e desculpem a expressão, tivemos um Brasil versus Portugal.
Dum lado as açorianas do CD Ribeirense com as suas brasileiras e do outro lado o GDC Gueifães apresentando as portuguesas.
Antes demais e para que não comecem com as acusações de que sou contra isto ou aquilo, o facto é que por muito que tentem encobrir alguns factos, o que realmente interessa neste caso, é que se a situação fosse ao contrário, certamente estaríamos a falar das brasileiras que o Gueifães pudesse ter ou não ter no seu plantel.
O facto é que desde que se abriram as portas a atletas europeus e não só, em minha modesta opinião, alguns clubes aproveitaram-se dessa forma para se promoverem no desporto nacional com a aquisição de atletas estrangeiros.
Tenho acompanhado algumas equipas femininas do nosso principal escalão, devo reconhecer que temos de louvar a forma como muitos destes clubes se organizam internamente sempre pensando como melhorar a suas equipas nos próximos anos, mas recorrendo à tal mão de obra barata, ou seja, apostando nos escalões de formação.
Neste meu acompanhamento pude verificar, que a maioria das equipas provenientes das ilhas, no que refere ao escalão sénior feminino, aposta muito e quando digo muito, falo numa percentagem a rondar os 90% de todo o seu plantel em atletas estrangeiras, quase sem apostar nos chamados escalões de formação.
Por momentos, ponho-me no lugar dum destes treinadores, e.... provavelmente, se eu pudesse também apostaria em atletas estrangeiros, e na certa treinasse a equipa que fosse, certamente também conquistaria títulos, pois como diz o outro, “assim não custa”.
Não estando a acusar ninguém, não sei como estão os escalões de formação dos clubes das ilhas, mas a avaliar pelos seus planteis seniores, apenas poderei dizer que provavelmente a qualidade não abunda por lá, pois o numero de atletas formadas nesses clubes e que chegam a seniores são praticamente nulos ou em alguns casos nem existem.
Por assim dizer e se as coisas continuarem assim, iremos continuar a ver equipas que apostando praticamente em atletas formadas no estrangeiro, chegam e dominam praticamente o nosso voleibol lusitano.
A mim, certamente preocupa-me, aos outros não sei. Mas deixo espaço aberto para mais um debate.
Mas uma coisa posso dizer, em comentário ao jogo da final da taça, parabéns às equipas pelo espectáculo proporcionado e já agora os parabéns à formação, porque o que é nacional, é bom.
Joaquim Teixeira, volei falado
maisvoleibol 2013
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