Muito provavelmente as novas gerações nunca deverão ter ouvido falar neste filme, “O Bom, o Mau e o Vilão”, mas os mais velhos certamente se recordarão deste velho western do passado. A minha crónica de hoje intitula-se mesmo “O Bom, o Mau e o Vilão” e em homenagem aqueles que por vezes não merecendo grande admiração por algumas partes, têm o trabalho mais difícil durante um encontro de voleibol, os árbitros.
É fácil criticar, é fácil atribuir culpas e também é fácil dizermos que não esteve bem, mas mais complicado é estarmos na sua pele. Felizmente eu, já senti na pele a sensação de estar na cadeira com o apito e decidir se a jogada foi correcta ou não, e meus caros não é fácil, não senhor.
Como muitos também recebi formação sobre regras, como interpreta-las, como colocar em prática e como gerir, também sei que nunca fui perfeito em alguns jogos, que talvez tenha cometido erros no meu julgamento, que houve uma bola dentro que julguei fora ou o inverso, que podia ser mais severo com aquele jogador indisciplinado e não fui, enfim, é complicado.
De facto a vida destes homens ao longo dos anos nunca é perfeita, são sempre julgados e raramente são aqueles os momentos em que dizemos, “estiveste bem, parabéns”, esses são momentos que se vivem naquele instante, pois no seguinte algo pode correr mal e somos de novo criticados.
Actualmente vejo estes homens e mulheres de azul claro, todos os fins de semana a serem elogiados, a serem criticados e por vezes bem pior, mas tudo se passa num momento, pois passados alguns minutos de tudo ter acabado, já ninguém presta atenção aquele personagem.
Como disse em cima, julgar é fácil e também sei que como referi no titulo desta minha crónica, existem os bons, aqueles que semana a semana arbitram sempre da mesma maneira, que conhecem as façanhas dos atletas e por muito que queiramos falar, o certo é que sabemos que com aquele árbitro nada adianta e como tal respeitamos as suas decisões.
Depois existem os maus, aqueles que por mais jogos façam continuam a cometer os mesmos maus julgamentos, a permitir as más decisões e a indisciplina, e que sabendo que o fazem mal, continuam senhores das suas decisões e confiantes que são os melhores.
Por fim existem os vilões, não, os vilões somos nós, pais, adeptos, treinadores, seccionistas, directores, todos os que acompanham os jogos e que ao não gostarmos daquele personagem ali autoritário e que faz mal ou bem o seu trabalho, cria em nós o desagrado de que está ali a mais, mas não, ele foi ali posto para julgar, para decidir e aplicar as leis e as regras do jogo, mal ou bem, ele estará sempre lá e acreditem, onde houver um desporto de equipa esta “personagem” estará lá também.
Os bons ficarão sempre marcados na nossa memória, os maus também, embora a lembrança ficará sempre retida a um canto.
Termino dando um conselho, ponham-se no lugar dum árbitro!
Como?
Simples, façam um curso, tirem as duvidas, conheçam as regras e façam a experiência de durante uma época desportiva irem todos os fins de semana arbitrarem um, dois, três ou até mais jogos num espaço de dois dias, e vão ver que a tarefa não será fácil.
A todos eles/elas, árbitros deste país, a minha sincera homenagem e continuem com o vosso trabalho, se forem bons, os vossos sonhos chegarão longe, se forem maus, aprendam com os erros, analisem e corrijam-os, e no final quem sabe.... Os sonhos somos nós quem os fazemos.
Joaquim Teixeira
maisvoleibol 2012
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