Volei Falado: Voleibol Feminino, descriminado ou desnecessário?

Voleibol Feminino, descriminado ou desnecessário?

Muito se tem falado de igualdades, mas apesar de tantas leis, tantas noticias e de tanto falatório, uma coisa é certa, o desporto feminino, tal como no resto, a descriminação ainda acontece, e por muito que se negue, continua a existir. E sito alguns casos e situações que infelizmente acontecem por cá.

Ora vejamos o que acontece por cá no voleibol feminino. Segundo as regras do desporto, quer os jogos da A1 masculina e A1 feminina, deveriam de ter aspectos semelhantes, tais como. Nos jogos masculinos temos, 2 árbitros, 2 juizes de linha, 1 árbitro marcador, 1 delegado ao jogo, apanha bolas e policiamento. No feminino, apenas tem-se 2 árbitros e o delegado ao jogo, nada mais.

O mais engraçado, é que as equipas femininas, só tem este tipo de luxos, na final da Taça de Portugal, enquanto que no masculino, isso acontece semanalmente em todos os jogos do campeonato. Continuando ainda nos jogos da A1, ainda temos mais, vejamos, a FPV paga, atenção, eu disse paga, há SportTv para transmitir jogos do Campeonato Nacional de Voleibol, e se a Federação paga, então porque motivo paga um serviço que semanalmente apenas transmite jogos da A1 masculina.

A pergunta que aqui se coloca é porque não transmitem jogos da A1 feminina, ou então, se é a federação paga, o dinheiro sai de onde? Se paga-se o serviço público, então não seria melhor por exemplo ser a a RTP, um canal público a transmitir os jogos. E ainda mais, e para que pensem bem, se realmente não existe discriminação, e sei que muitos vão dizer que não, cá vai mais um exemplo, porque motivos sempre que existia finais do nacional de voleibol de praia, estas apenas transmitiam o masculino?

Por muito que se queira negar e talvez esconder algumas verdades, o facto é que no voleibol feminino existe e continuará a existir a discriminação e as últimas atitudes da nossa FPV comprovam, e para quem dizer o contrário, só pode estar com os olhos vendados ou então não vê o que muitos veem há muito tempo. Mas mesmo assim, aqui vamos uma vez mais, reaver esses aspectos e atitudes que vieram de dentro da própria federação.

A seleccionadora nacional, uma cubana que pode perceber de tudo menos de voleibol, faz convocatórias no minimo, estranhas e sem nexo. Recentemente convocou para representar a selecção, atletas iniciadas, juvenis e juniores, para competir em jogos treinos, diante a selecção Inglesa, que ao contrário da nossa, foi na sua máxima força e que em 4 partidas, levamos uma tareia há moda antiga, onde em português bem explicito, nem respiramos. Todos pensaram que a senhora tivesse apreendido a lição, mas não, numa partida em que a selecção tinha como principal objectivo os Jogos Olimpicos 2012, a seleccionadora voltou com a mesma convocatória, e diante duma selecção fraca, onde as melhores atletas fariam as delicias, acabamos por perder e afastarmos dos jogos olimpicos sem glória.

O facto é que a discriminação vem de dentro, e o facto, é que não se resolve nada, continuam os mesmos a rirem-se e os resultados desportivos não interessam, no final admiram-se por muitas atletas negarem-se de muito cedo a colaborarem com a federação e representar a selecção.

Assim vai o desporto em geral e o feminino a sair sempre prejudicado, como sempre acontece.

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