Passado um ano de turbulenta preparação das selecções nacionais de voleibol, o grande momento passou para as equipas Nacionais, e a glória prometida por dirigentes e técnicos Nacionais, contra com o banho de realidade e a certeza que Moçambique esta muito longe das grande equipas Africanas.
Um ano de preparação, não é nada dentro de uma grande equipa, imaginem para um voleibol desorganizado, com conceito antigo e sem conhecimento técnico, científico que técnicos e dirigentes tem da modalidade. Cheguei a rir quando o presidente da FMV, me perguntou, na época que trabalhei com a Selecção Masculina de voleibol, si a creatina que eu aplicava para o atleta era uma espécie de substância ilegal. Disse-lhe para verificar dentro do site da FIVB (Federação Internacional de Voleibol).
Como um membro da FIVB, pode ter tanto desconhecimento do deporte que ele representa? Claro, isso sem falar da sapatilha de futebol de salão que se compra para a selecção, a falta de material para a preparação, e etc..
As selecções Nacionais são frutos do voleibol local. Não só a Selecção vai mal, mais todo o voleibol em si, principalmente aqui Maputo. Como explicar que o voleibol das províncias no último campeonato Nacional foi o campeão, e como explicar que nos jogos escolares das 4 equipas que chegaram a final, no masculino e feminino, 2 eram da Zambézia, 1 Nampula e outra de Maputo.
Formar um atleta necessita de 10 mil horas, resumindo 10 anos de preparação contínua e árdua e tudo isso começa nas categorias de base. o voleibol de Moçambique não se preocupa com a base. A vinte anos que o presidente da FMV estar no cargo, daria para ter formado 2 gerações de voleibolistas. O que se vê agora são 20 anos de atraso, e para sanar este deficit de atletas precisa-se no mínimo entre 10 e 15 anos para ter uma boa selecção. Sem esquecer que o primeiro passo é a formação dos técnicos locais.
Presencie algumas delegações rirem do sistema de voleibol feminino, muito ultrapassado e ineficaz, e fico feliz porque ganharam contra Seychelles. Qual foi combustível para a vitória contra Seychelles? Foi o grito de protesto entalado na garganta, a humilhação que sofrera durante a preparação : 3 meses para receber subsidiam, três meses para receber lanches, chuva e frio constante. Esta vitória, foi o primeiro ouro dos jogos africanos.
No masculino, a glória foi um set bem contra Camarões, que serviu de alento para este ano de preparação tão turbulentos e também com condições abaixo do mínimo para uma boa prestação nos jogos. Para completar: o partidarismo e o favorecimento de atletas de clubes do seleccionador nacional, o corte de jogadores que se opunham ao método de treinamento, ou porque não dizer a falta de total método de treinamento. Como explicar a escolha de um jogador de praia que estava em estágio em Portugal, e em apenas dois treinos substitui jogadores em melhores condições e mais tempo na selecção.
O voleibol daqui ainda esta cercado de coleguismo, de favorecimento. As selecções parecem mais equipas de bairros e de amigo que vão para um campeonato qualquer. As pessoas que questionam estas práticas ou opõem a elas, se afastam ou são afastadas.
Uma má prestação de uma equipe Nacional, envergonham o atleta, a comunidade voleibolista e principalmente o país.
Nestes jogos acompanhei história de atletas que abriram mão de estudo, de faculdade, de trabalho, de vida pessoal, para dignificar este lindo país, que eles tanto amam. Presenciei histórias de superação, de dificuldade, de dor, suor e lágrimas.
Se há alguém que deve ser crucificado não é estes atletas, eles só merecem respeito... É isso que faltou para as selecções nacionais de Moçambique, faltou respeito...
Um ano de preparação, não é nada dentro de uma grande equipa, imaginem para um voleibol desorganizado, com conceito antigo e sem conhecimento técnico, científico que técnicos e dirigentes tem da modalidade. Cheguei a rir quando o presidente da FMV, me perguntou, na época que trabalhei com a Selecção Masculina de voleibol, si a creatina que eu aplicava para o atleta era uma espécie de substância ilegal. Disse-lhe para verificar dentro do site da FIVB (Federação Internacional de Voleibol).
Como um membro da FIVB, pode ter tanto desconhecimento do deporte que ele representa? Claro, isso sem falar da sapatilha de futebol de salão que se compra para a selecção, a falta de material para a preparação, e etc..
As selecções Nacionais são frutos do voleibol local. Não só a Selecção vai mal, mais todo o voleibol em si, principalmente aqui Maputo. Como explicar que o voleibol das províncias no último campeonato Nacional foi o campeão, e como explicar que nos jogos escolares das 4 equipas que chegaram a final, no masculino e feminino, 2 eram da Zambézia, 1 Nampula e outra de Maputo.
Formar um atleta necessita de 10 mil horas, resumindo 10 anos de preparação contínua e árdua e tudo isso começa nas categorias de base. o voleibol de Moçambique não se preocupa com a base. A vinte anos que o presidente da FMV estar no cargo, daria para ter formado 2 gerações de voleibolistas. O que se vê agora são 20 anos de atraso, e para sanar este deficit de atletas precisa-se no mínimo entre 10 e 15 anos para ter uma boa selecção. Sem esquecer que o primeiro passo é a formação dos técnicos locais.
Presencie algumas delegações rirem do sistema de voleibol feminino, muito ultrapassado e ineficaz, e fico feliz porque ganharam contra Seychelles. Qual foi combustível para a vitória contra Seychelles? Foi o grito de protesto entalado na garganta, a humilhação que sofrera durante a preparação : 3 meses para receber subsidiam, três meses para receber lanches, chuva e frio constante. Esta vitória, foi o primeiro ouro dos jogos africanos.
No masculino, a glória foi um set bem contra Camarões, que serviu de alento para este ano de preparação tão turbulentos e também com condições abaixo do mínimo para uma boa prestação nos jogos. Para completar: o partidarismo e o favorecimento de atletas de clubes do seleccionador nacional, o corte de jogadores que se opunham ao método de treinamento, ou porque não dizer a falta de total método de treinamento. Como explicar a escolha de um jogador de praia que estava em estágio em Portugal, e em apenas dois treinos substitui jogadores em melhores condições e mais tempo na selecção.
O voleibol daqui ainda esta cercado de coleguismo, de favorecimento. As selecções parecem mais equipas de bairros e de amigo que vão para um campeonato qualquer. As pessoas que questionam estas práticas ou opõem a elas, se afastam ou são afastadas.
Uma má prestação de uma equipe Nacional, envergonham o atleta, a comunidade voleibolista e principalmente o país.
Nestes jogos acompanhei história de atletas que abriram mão de estudo, de faculdade, de trabalho, de vida pessoal, para dignificar este lindo país, que eles tanto amam. Presenciei histórias de superação, de dificuldade, de dor, suor e lágrimas.
Se há alguém que deve ser crucificado não é estes atletas, eles só merecem respeito... É isso que faltou para as selecções nacionais de Moçambique, faltou respeito...
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