Saída de rede: Osasco no Mundial feminino

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

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Encerradas as longas férias, finalmente os clubes estão de volta à ativa. E o início da temporada 2011/2012 já se mostrou bom para os brasileiros, que através de Sesi e Osasco garantiram o título sul-americano no último fim de semana. Obviamente, essas conquistas não são nenhuma surpresa, mas confirmar o favoritismo sem sustos não deixa de ser um sinal positivo.

Agora, é hora de pensar no Mundial interclubes, em outubro. Que, no vôlei, infelizmente ainda não tem 10% da importância que possui no futebol, a ponto de ser jogado com um time B por Osasco, cujas principais atletas estarão com o Brasil na disputa dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Uma infeliz coincidência de datas que provocou uma situação desnecessária no calendário, desagradável tanto para a CBV quanto para os clubes e seus patrocinadores.

Para quem não se lembra, a vaga no Sul-americano é do campeão da Superliga. No caso, a Unilever. Quando anunciou sua nova volta ao vôlei, Fernanda Venturini chegou a mencionar a disputa do Mundial como um dos fatores que a motivaram. Mas a decisão de José Roberto Guimarães em ir ao México com força máxima culminou com a desistência da equipe carioca, que possui cinco de suas sete titulares na seleção.

Quando questionei Bernardinho sobre o assunto, durante o desembarque do vice-campeonato da Liga Mundial, usei o termo “abrir mão” da competição e ele logo tratou de me corrigir:
Eu não abri mão! A questão é que eu não tenho jogadoras. Não abri mão de nada, estou até com a corda no pescoço com os meus patrocinadores. Se eu não tenho jogadoras, como eu posso jogar no Mundial?”. Na sequência, o técnico olhou a rodinha de jornalistas em volta dele e começou a contar, em tom de brincadeira: “Um, dois, três, quatro... pronto, já tenho quase um time para o Mundial!”.

Herdeiro da vaga, Osasco, porém, resolveu encarar a situação de outra forma.Para o técnico Luizomar de Moura, o torneio é uma oportunidade de dar rodagem internacional a algumas atletas que pouco atuariam em uma situação de time completo. Ciente que somente uma incoerência muito grande e de última hora de Zé Roberto o fará contar com as principais estrelas do time no Oriente Médio, ele nem cogita pedir as dispensas delas, apesar de admitir que, assim, a chance de subir ao ponto mais alto do pódio é menor:
Com o elenco completo, eu acho que a gente teria condições de brigar pelo título. Hoje, é uma incógnita

Apesar de ver o lado dos clubes, eu também entendo Zé Roberto. Por mais que a gente saiba que o nível técnico em Guadalajara não será dos mais altos, ao menos é uma chance de dar uma última polida no time antes da Copa do Mundo, essa sim importante porque é classificatória para a Olimpíada de Londres. Antes encarar Cuba sob pressão que ficar confinado com somente parte do grupo em Saquarema. De quebra, ele ainda pode levar um ouro que não ganha desde 1999 e deixar o COB feliz.

E vocês, o que acham? Em breve eu volto para falar do Sesi no Mundial masculino.
Carolina Canossa
 Colunista do Brasil

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