As duplas Angolanas Morais e Silva, Márcio e Éden, já chegaram a Maputo para um período de adaptação ao clima para os jogos africanos e acederam falar um pouco sobre suas carreiras, programa de treinamento e demais assuntos ligado ao desporto.
Ficha Técnica
Nome = Morais Abreu
Ficha Técnica
Nome = Morais Abreu
Parceiro = Silva
País = Angola
Altura = 1,83m
Peso = 85kg
Ranking Angola = 1.º Lugar
Entrevista Morais Abreu
Morais, a quanto tempo você esta no volei de praia?
Apenas 10 anos.
Você sempre esteve no vólei de praia, ou é oriundo do voleibol de sala?
Você sempre esteve no vólei de praia, ou é oriundo do voleibol de sala?
Sou oriundo da praia, nunca joguei no voleibol de sala.
Como é encarado o voleibol de praias em Angola, para você é uma profissão, ou tem outro trabalho?
Como é encarado o voleibol de praias em Angola, para você é uma profissão, ou tem outro trabalho?
O voleibol de praia para nós em Angola é um hobby. Cada um de nós exerce sua função, normal. É uma pena porque apesar do potencial que Angola tem, mesmo a partir do potencial humano e como nas condições de areia e mar que nos temos no nosso litoral, poderíamos apostar mais. Infelizmente como o desporto em Angola, praticamente não sustenta ninguém, tirando o basquete e o futebol. O vólei não deixa de ser hobby de todos os praticantes, encontramos apenas no fim de semana e feriados para praticar o voleibol.
Em termo de competições internacionais, Angola tem participação em Olimpíadas?
Sim. Portanto, eu comecei a fazer torneios internacionais em 2007, meados de 2007, na qual depois conseguimos na última hora qualificação para as Olimpíadas de Beijing e desde ai, só ficamos de fora o ano passado, só o ano passado é que não jogamos. Jogamos 2007, 2008, 2009. Em 2010, não houve condições para dar continuidade e agora este ano recomeçámos outra vez, esperando sempre dos apoios que são escassos e neste momento estamos aqui em Moçambique para os jogos Pan africanos.
Como é feita a preparação de vocês, quantas horas por dias, são todos os dias, o trabalho físico é intercalado com a parte técnica. Como é feita a divisão do trabalho da dupla?
Pois, nós somos um caso a parte. É uma situação que por não sermos mesmo profissionais na modalidade, apenas porque amamos esta modalidade que praticamos. Tirando meus colegas que praticam voleibol de sala, eles sim, tem oportunidade de todos os dias treinarem e depois levarem no fim de semana o voleibol de praia. Eu particularmente, procuro manter minha condição física fora da areia, mas sim no ginásio e na piscina, para depois no fim de semana, então organizarmos sempre no fim de semana, um treino com de todos os fundamentos que o voleibol de praia exige e assim vamos nos mantendo. Tirando, quando acontece competições de representação Nacional que então, somos obrigados a sair da nossa profissão, que ocupamos dia a adia e tiramos sempre um estágio para então podermos tentar seguir aquilo o que os outros fazem na alta competição. É mais ou menos isso.
Vocês tem comissão técnica, alguém que ajude na preparação física, há um controle a respeito disso, ou a dupla faz o seu próprio planeamento?
Em termo de competições internacionais, Angola tem participação em Olimpíadas?
Sim. Portanto, eu comecei a fazer torneios internacionais em 2007, meados de 2007, na qual depois conseguimos na última hora qualificação para as Olimpíadas de Beijing e desde ai, só ficamos de fora o ano passado, só o ano passado é que não jogamos. Jogamos 2007, 2008, 2009. Em 2010, não houve condições para dar continuidade e agora este ano recomeçámos outra vez, esperando sempre dos apoios que são escassos e neste momento estamos aqui em Moçambique para os jogos Pan africanos.
Como é feita a preparação de vocês, quantas horas por dias, são todos os dias, o trabalho físico é intercalado com a parte técnica. Como é feita a divisão do trabalho da dupla?
Pois, nós somos um caso a parte. É uma situação que por não sermos mesmo profissionais na modalidade, apenas porque amamos esta modalidade que praticamos. Tirando meus colegas que praticam voleibol de sala, eles sim, tem oportunidade de todos os dias treinarem e depois levarem no fim de semana o voleibol de praia. Eu particularmente, procuro manter minha condição física fora da areia, mas sim no ginásio e na piscina, para depois no fim de semana, então organizarmos sempre no fim de semana, um treino com de todos os fundamentos que o voleibol de praia exige e assim vamos nos mantendo. Tirando, quando acontece competições de representação Nacional que então, somos obrigados a sair da nossa profissão, que ocupamos dia a adia e tiramos sempre um estágio para então podermos tentar seguir aquilo o que os outros fazem na alta competição. É mais ou menos isso.
Vocês tem comissão técnica, alguém que ajude na preparação física, há um controle a respeito disso, ou a dupla faz o seu próprio planeamento?
Isto depende de nós próprios. Sempre a pessoa que tem um bocado mais experiência que os outros trazem um bocadinho de si e vamos evoluindo desta forma. Tirando apenas este ano, o mês passado nós tivemos um protocolo com a equipa técnica da dupla olímpica portuguesa, pessoas conhecidas internacionalmente que é o João Brenha que fez dupla com o Miguel Maia que agora neste momento, ele é o treinador, onde já tinha uma equipe técnica completa, onde vinha o treinador, o preparador físico que neste caso é um brasileiro e tudo que se estar a formar, esta a acabar a formação dele em Portugal e mais um fisioterapeuta.
Morais, falando um pouco da preparação nutricional. Vocês têm algum cuidado em que comer o que não comer? Como a dupla trabalha nisso diariamente?
Morais, falando um pouco da preparação nutricional. Vocês têm algum cuidado em que comer o que não comer? Como a dupla trabalha nisso diariamente?
Nós não temos um rigor, um programa com rigor. A nossa experiência, devido aos anos que nos praticamos o desporto, temos algum conhecimento naquilo que de devemos e não devemos alimentar-nos. Com base nisto e com mais alguns dados que vamos obtendo através de pessoas, portanto, entendedores da matéria, então vamos adquirindo estes conhecimentos, mesmo informação via e-mail e vamos mantendo este controle com o conhecimento que vamos obtendo. Porque não temos uma regra que diz assim : Não devem isto, não deve aquilo. Sabemos que a alimentação que faz falta num desportista é tudo a base de proteínas, hidrocarbonetos, e as calorias que por dias cada um deve consumir, entoa tentamos mais ou menos seguir a regra para não exceder, porque a tendência de aumento de peso nesta altura deixa muito a desejar, então como disse atrás, os conhecimentos que vamos obtendo durante nossa pratica na vida desportiva ajuda entre nos mesmos, a controlar esta situação de dieta alimentar.
Quais são as expectativas para os Jogos Africanos? Quais os principais adversários?
Quais são as expectativas para os Jogos Africanos? Quais os principais adversários?
Eu não conheço todos, sei que estará aqui África toda. Há muito tempo que não faço prova a nível da África, mas aquilo que eu tenho conhecimento, a mais forte é a África do Sul e Moçambique não fica atrás, pois tem uma dupla boa esta dupla e já estão a mais de 4 meses a prepara-se em Portugal e são rapazes que eu já conheço Como qualquer pais que vai estar aqui presente nos Jogos Africanos, nos não ficamos atrás, viemos com a intenção e obrigação é medalhar. Evidentemente que seja ouro, prata ou bronze, mas temos esta missão a cumprir: chegar ao pódio.
Poderia deixar uma mensagem para os voleibolistas moçambicanos?
Muita coragem, muita persistência. Sabemos que temos tudo para sermos uma potência em África, não somos hoje ainda, haveremos de ser, o mais importante é a paciência, é acreditar e todos que gostam desta modalidade aproveitem sempre que possível treinar, porque só treinando é que as pessoas alcançam resultados. Por isso, tenham paciência é minha voz de confiança que eu mando para nosso cidadãos, e o vólei precisa de toda a gente. Quanto mais pessoas praticarem, mais os nossos governos vão acreditar na modalidade e mais apostas, ou melhores apostas poderão surgir.
Ficha técnica
Nome = Márcio Sequeira
Parceiro = Éden
País = Angola
Altura = 1,95m
Peso = 80 kg
Ranking Angola = 2.º Lugar
Entrevista Márcio Sequeira
Quanto tempo no voleibol de praia?
No vólei de praia agora, se não me engano vai fazer 14 anos. Comecei em 1996 na altura dos Jogos Olímpicos de Atlanta, foi quando eu iniciei o voleibol de praia.
Você é uma atleta que primeiro começou na sala. Quais as principais adaptações que um jogador de sala tem que fazer quando vai para a praia?
Principalmente quando eu faço a transição da sala para a praia, tem que se fazer um trabalho a nível de deslocação, enquadramento. Enquanto na praia temos condições que não há na sala, como o vento, como a areia que custa a correr e a saltar, então tem que fazer um condicionamento físico maior do que na quadra e na quadra, principalmente quando venho da praia para jogar na sala tenho maior facilidade de movimentação e deslocação para fazer as jogadas de quadra.
O voleibol para você é uma profissão ou se faz como hobby?
Para mim ao contrario do Morais, o voleibol nos últimos 10 anos tem sido para mim a minha profissão. Tenho estado a viver na Europa, maioritariamente em Portugal, onde jogo na primeira liga indoor e tenho aproveitado o voleibol para ir montando a minha vida.
Neste dez anos quais os clubes que você defendeu? Qual o clube que você joga actualmente?
Jogo na liga principal, já joguei por vários clubes como : a Académica de Espinho, a Académica de Coimbra, o clube Capa, o clube Nacional de Ginástica. Já estive também em clubes da Alemanha e no Chipre. Foram estas as minhas experiência na quadra.
Você faz uma preparação física específica para o voleibol indoor. Há alguma mudança do programa quando você vem jogar no voleibol de praia? Qual a principal componente de transacção do voleibol indoor para o voleibol de praia?
A nível de indoor, como é por uma equipa e eu tenho um contrato assinado, tem uma equipa técnica que toma conta de mim, que faz minha preparação, minha nutrição, meu preparo físico, meu preparo técnico. Não tenho que me preocupar basicamente com nada. Quando eu saio do indoor para a praia, para fazer a transição, normalmente eu pego aquele conhecimento que eu tenho do voleibol de praia, desde que comecei com 17 anos e vou vendo outros trabalhos, vou pesquisando na internet, vou falando com pessoas que estão a muitos mais tempo do que eu no voleibol. Vou me organizando na praia, e fazendo minha transição Nos últimos anos, a coisa de 3 anos é que tenho conversado muito com colegas meus que já encontrei no vólei de praia brasileiro e eles quem vão me dando dicas, que vão passando planos de treinos, planos físicos específicos para o vólei de praia, então eu vou fazendo este trabalho a par de eles estarem no Brasil e eu em Portugal, falamos por Skype, Facebook e vamos trocando informações e vou aproveitando estas informações para fazer minha preparação Neste caso, meu irmão Éden estar já em Angola já a viver, eu estou em Portugal e não podemos fazer a preparação juntos. Então faço minha preparação sozinho primeiro, depois quando nos juntamos damos continuação a esta preparação
Como está o voleibol indoor de Angola?
Eu não seria a melhor pessoa para lhe dar esta resposta, pois tenho estado a 10 anos jogando na Europa, então a 10 anos não tenho conhecimento como esta o indoor. Quando eu imigrei para Portugal, o indoor de Angola era uns dos melhores a nível da África Austral. Angola tinha sempre uma selecção que disputava as finais dos zonais contra África do Sul e Botswana, saísse muito bem. Dai apareceu minha geração, eu, meu irmão e outro jogadores que Angola tem, que também são de valor, alguns infelizmente não puderam dar continuidade como nos demos, mas foi ai que quando surgiu meu irmão e outro jogadores Angolanos, alguns que também jogam fora. Espero que agora consiga haver uma outra geração que nos suceda.
Quais as expectativas para os Jogos Africanos? Como é a emoção de estar representando Angola? Qual a responsabilidade?
Para mim é uma questão de orgulho, porque eu cresci em Angola, fui militar em Angola, fiz a tropa em Angola, imigrei para Portugal, tenho estado lá durante este 10 anos e nunca tive oportunidade de representar o meu pais. Esta é minha primeira representação internacional, embora já esteja no voleibol há muito tempo e então é com grande orgulho que encaro esta oportunidade que me estar a ser dada e obviamente, com muito trabalho espero, que nós possamos ter pelo menos umas das nossas equipe no primeiro lugar e outra de preferência no segundo lugar. Sendo assim, ter uma final Angola, contra Angola. Não querendo desprezar o trabalho dos outros, não é isso, mas é assim que eu penso, eu penso sempre em trabalhar muito duro, muito forte para conseguirmos no final sermos os melhores. Seria para nós um resultado 100 % positivo se conseguíssemos ter duas equipas Angolanas em jogar a final.
Poucas pessoas nas Zona VI conseguem viver do voleibol, e você consegue. Qual o conselho que você daria para voleibolista que esta começando que e sonha um dia viver do voleibol da profissão?
Isto tudo gira nas opções que nos temos na vida, não é? Eu tive muitas opções para escolher o caminho que eu quisesse na minha vida. Os meus pais, queriam que eu seguisse um curso superior que eu me formasse numa engenharia, num doutoramento qualquer, mas foi minha opção Eu é que optei por abdicar da Faculdade e seguir o profissionalismo no voleibol, foi a minha opção.O conselho que dou aos jovens que estão a começar agora no voleibol, é que ponderem bem suas decisões Não aconselho que deixem de estudar para jogar voleibol, aconselho que estudem em primeiro, formem primeiro, e é que depois se dediquem inteiramente ao voleibol, porém enquanto estudem, não abdiquem completamente do voleibol a 100 % que trabalhem todo dia, nem que seja um bocadinho para não perderem o contacto com o desporto e a partir do momento que conseguir sua formação, então ai, se dediquem 100 %, pois como serem humanos a nossa condição física não nos permite praticar desporto alto nível até muito tarde, temos que aproveitarmos os poucos anos que temos e jogar até onde o corpo nos permite, porque chegam uma altura... Temos casos que como Cid & Smith e Franco do Brasil que estão a jogar até os 45, 46 porque tem um trabalho físico por trás muito bem feito. Quem tem uma equipe que lhe apoia por trás, consegue ir muito longe, quem tem um trabalho físico muito bem feito consegue ir muito longe...E quem não trabalha para isso, tem sempre os anos de duração no voleibol encurtado um bocadinho, em 5, 7 anos.
Então é este o conselho que dou as novas gerações: Não abdique de uma formação profissional, ou escolar por causa do voleibol, mas não também desistam do voleibol por completo, nem que isso implique trabalhar, duas ou três vezes por semana...
Poderia deixar uma mensagem para os voleibolistas moçambicanos?
Muita coragem, muita persistência. Sabemos que temos tudo para sermos uma potência em África, não somos hoje ainda, haveremos de ser, o mais importante é a paciência, é acreditar e todos que gostam desta modalidade aproveitem sempre que possível treinar, porque só treinando é que as pessoas alcançam resultados. Por isso, tenham paciência é minha voz de confiança que eu mando para nosso cidadãos, e o vólei precisa de toda a gente. Quanto mais pessoas praticarem, mais os nossos governos vão acreditar na modalidade e mais apostas, ou melhores apostas poderão surgir.
Ficha técnica
Nome = Márcio Sequeira
Parceiro = Éden
País = Angola
Altura = 1,95m
Peso = 80 kg
Ranking Angola = 2.º Lugar
Entrevista Márcio Sequeira
Quanto tempo no voleibol de praia?
No vólei de praia agora, se não me engano vai fazer 14 anos. Comecei em 1996 na altura dos Jogos Olímpicos de Atlanta, foi quando eu iniciei o voleibol de praia.
Você é uma atleta que primeiro começou na sala. Quais as principais adaptações que um jogador de sala tem que fazer quando vai para a praia?
Principalmente quando eu faço a transição da sala para a praia, tem que se fazer um trabalho a nível de deslocação, enquadramento. Enquanto na praia temos condições que não há na sala, como o vento, como a areia que custa a correr e a saltar, então tem que fazer um condicionamento físico maior do que na quadra e na quadra, principalmente quando venho da praia para jogar na sala tenho maior facilidade de movimentação e deslocação para fazer as jogadas de quadra.
O voleibol para você é uma profissão ou se faz como hobby?
Para mim ao contrario do Morais, o voleibol nos últimos 10 anos tem sido para mim a minha profissão. Tenho estado a viver na Europa, maioritariamente em Portugal, onde jogo na primeira liga indoor e tenho aproveitado o voleibol para ir montando a minha vida.
Neste dez anos quais os clubes que você defendeu? Qual o clube que você joga actualmente?
Jogo na liga principal, já joguei por vários clubes como : a Académica de Espinho, a Académica de Coimbra, o clube Capa, o clube Nacional de Ginástica. Já estive também em clubes da Alemanha e no Chipre. Foram estas as minhas experiência na quadra.
Você faz uma preparação física específica para o voleibol indoor. Há alguma mudança do programa quando você vem jogar no voleibol de praia? Qual a principal componente de transacção do voleibol indoor para o voleibol de praia?
A nível de indoor, como é por uma equipa e eu tenho um contrato assinado, tem uma equipa técnica que toma conta de mim, que faz minha preparação, minha nutrição, meu preparo físico, meu preparo técnico. Não tenho que me preocupar basicamente com nada. Quando eu saio do indoor para a praia, para fazer a transição, normalmente eu pego aquele conhecimento que eu tenho do voleibol de praia, desde que comecei com 17 anos e vou vendo outros trabalhos, vou pesquisando na internet, vou falando com pessoas que estão a muitos mais tempo do que eu no voleibol. Vou me organizando na praia, e fazendo minha transição Nos últimos anos, a coisa de 3 anos é que tenho conversado muito com colegas meus que já encontrei no vólei de praia brasileiro e eles quem vão me dando dicas, que vão passando planos de treinos, planos físicos específicos para o vólei de praia, então eu vou fazendo este trabalho a par de eles estarem no Brasil e eu em Portugal, falamos por Skype, Facebook e vamos trocando informações e vou aproveitando estas informações para fazer minha preparação Neste caso, meu irmão Éden estar já em Angola já a viver, eu estou em Portugal e não podemos fazer a preparação juntos. Então faço minha preparação sozinho primeiro, depois quando nos juntamos damos continuação a esta preparação
Como está o voleibol indoor de Angola?
Eu não seria a melhor pessoa para lhe dar esta resposta, pois tenho estado a 10 anos jogando na Europa, então a 10 anos não tenho conhecimento como esta o indoor. Quando eu imigrei para Portugal, o indoor de Angola era uns dos melhores a nível da África Austral. Angola tinha sempre uma selecção que disputava as finais dos zonais contra África do Sul e Botswana, saísse muito bem. Dai apareceu minha geração, eu, meu irmão e outro jogadores que Angola tem, que também são de valor, alguns infelizmente não puderam dar continuidade como nos demos, mas foi ai que quando surgiu meu irmão e outro jogadores Angolanos, alguns que também jogam fora. Espero que agora consiga haver uma outra geração que nos suceda.
Quais as expectativas para os Jogos Africanos? Como é a emoção de estar representando Angola? Qual a responsabilidade?
Para mim é uma questão de orgulho, porque eu cresci em Angola, fui militar em Angola, fiz a tropa em Angola, imigrei para Portugal, tenho estado lá durante este 10 anos e nunca tive oportunidade de representar o meu pais. Esta é minha primeira representação internacional, embora já esteja no voleibol há muito tempo e então é com grande orgulho que encaro esta oportunidade que me estar a ser dada e obviamente, com muito trabalho espero, que nós possamos ter pelo menos umas das nossas equipe no primeiro lugar e outra de preferência no segundo lugar. Sendo assim, ter uma final Angola, contra Angola. Não querendo desprezar o trabalho dos outros, não é isso, mas é assim que eu penso, eu penso sempre em trabalhar muito duro, muito forte para conseguirmos no final sermos os melhores. Seria para nós um resultado 100 % positivo se conseguíssemos ter duas equipas Angolanas em jogar a final.
Poucas pessoas nas Zona VI conseguem viver do voleibol, e você consegue. Qual o conselho que você daria para voleibolista que esta começando que e sonha um dia viver do voleibol da profissão?
Isto tudo gira nas opções que nos temos na vida, não é? Eu tive muitas opções para escolher o caminho que eu quisesse na minha vida. Os meus pais, queriam que eu seguisse um curso superior que eu me formasse numa engenharia, num doutoramento qualquer, mas foi minha opção Eu é que optei por abdicar da Faculdade e seguir o profissionalismo no voleibol, foi a minha opção.O conselho que dou aos jovens que estão a começar agora no voleibol, é que ponderem bem suas decisões Não aconselho que deixem de estudar para jogar voleibol, aconselho que estudem em primeiro, formem primeiro, e é que depois se dediquem inteiramente ao voleibol, porém enquanto estudem, não abdiquem completamente do voleibol a 100 % que trabalhem todo dia, nem que seja um bocadinho para não perderem o contacto com o desporto e a partir do momento que conseguir sua formação, então ai, se dediquem 100 %, pois como serem humanos a nossa condição física não nos permite praticar desporto alto nível até muito tarde, temos que aproveitarmos os poucos anos que temos e jogar até onde o corpo nos permite, porque chegam uma altura... Temos casos que como Cid & Smith e Franco do Brasil que estão a jogar até os 45, 46 porque tem um trabalho físico por trás muito bem feito. Quem tem uma equipe que lhe apoia por trás, consegue ir muito longe, quem tem um trabalho físico muito bem feito consegue ir muito longe...E quem não trabalha para isso, tem sempre os anos de duração no voleibol encurtado um bocadinho, em 5, 7 anos.
Então é este o conselho que dou as novas gerações: Não abdique de uma formação profissional, ou escolar por causa do voleibol, mas não também desistam do voleibol por completo, nem que isso implique trabalhar, duas ou três vezes por semana...
Colaboração: Equipa do "InVoleibol"
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