SAÍDA DE REDE: Logan Tom, antipatia ou apenas um jeito diferente?

sexta-feira, 3 de maio de 2013

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A opinião da repórter Bruna Dealtry, que ajuda o ex-técnico da seleção brasileira Radamés Lattari a atualizar um blog no site do “Esporte Interativo”, ganhou destaque nas redes sociais hoje. Na visão dela, a jogadora americana Logan Tom não era simpática e às vezes sequer educada com as companheiras da Unilever, o que contribuiu para a não renovação dela com a equipe para a próxima temporada.

Tal declaração ganhou ainda mais força depois que foi erradamente atribuída a Harry Bollmann, supervisor do time. Independente disso, porém, resolvi aproveitar o assunto para saber a opinião de vocês sobre a postura da atleta, sem dúvida alguma bem diferente do que estamos acostumados por aí.

Não tive muito contato com ela durante essa segunda passagem pelo Brasil, mas se tem uma palavra com a qual eu a definiria é “personalidade”. Se ela não estava a fim de dar autógrafo, simplesmente passava direto pelos torcedores. Em nenhum momento também escondeu que não gosta de dar entrevistas e, se não se sentisse à vontade para usar o português que aprendeu ao longo da carreira, deixava isso bem claro. Por fim, durante a final da Superliga, se mostrou muito desconfortável quando foi mostrada em close pelo telão do ginásio do Ibirapuera.

Tal jeitão soou para muitos, inclusive para mim, como antipatia. Reconheço que sim, ela tem o direito de agir como quiser, mas penso que não custa nada dar um pouco de atenção às pessoas, seja apenas um fã em busca de uma foto com uma grande atleta ou um profissional trabalhando.

Por outro lado, percebi que algumas pessoas que convivem com ela dizem que essa imagem inicial que ela passa não condiz com a realidade. Para citar um exemplo, lembro que o então repórter do R7 Cauê Rademaker voltou do primeiro treino dela no Rio, no ano passado, contando que ela estava relutante em falar com a imprensa naquele dia. Posteriormente, o próprio técnico Bernardinho e a líbero Fabi tentaram amenizar o constrangimento com os repórteres alegando que ela estava assim porque estranhara tamanho do assédio que jogadoras de vôlei possuem no Brasil, além de ser uma pessoa um tanto quanto “sistemática”, que não gosta de ser interrompida enquanto está fazendo algo.

Esse outro lado da personalidade dela pode ser observado no vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=3xhO9slSO5I) de quando ela jogava no Fernerbahce com uma de suas maiores amigas no vôlei, Fabiana. Ao perceber que a brasileira está com dificuldades em se comunicar durante uma entrevista em inglês, Logan gentilmente faz as vezes de tradutora.

Encerro este texto então deixando a pergunta: na sua opinião, faz parte das atribuições de um atleta de vôlei ser simpático com imprensa e torcedores? Ou, se jogar bem, a pessoa pode ser do jeito que quiser?


Carolina Canossa
Parceria Maisvoleibol / Saída de Rede ( http://saidaderede.com.br)

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