Logo depois do encerramento das Superligas feminina e masculinas de vôlei, a CBV divulgou os rankings com as pontuações atribuídas aos principais jogadores do país. Como todos sabem, a lista é uma medida encontrada pela entidade para evitar que o poderio econômico crie equipes muito mais fortes que outras, gerando uma desproporcionalidade prejudicial à competição. Deu tão certo que já está há 20 anos em vigor e ninguém contesta sua existência.
Porém, alguns itens que se referem ao ranking tem incomodado muita gente por aí. Na temporada passada, por exemplo, foi o suposto favorecimento do time do Sollys Osasco, que se valeu de várias exceções para montar um elenco digno de seleção brasileira. Agora, na atual abertura de mercado, a grande questão está na discordância de dirigentes com as notas atribuídas pela CBV.
Para quem não conhece, os clubes possuem o direito de opinião sobre a pontuação das jogadoras, mas a palavra final fica a cargo da Confederação Brasileira. A meu ver, trata-se de uma medida que pode até ser bem intencionada, mas que dá margens a especulações desnecessárias contra a entidade. Seria muito mais simples que cada equipe que participou da temporada anterior tivesse direito a voto sobre o ranking de cada uma das atletas, sendo a nota final o resultado destas opiniões. Os clubes que se entendessem, assumindo assim erros e acertos. A CBV só se meteria no assunto em caso de conflito grave.
Como este é um espaço opinativo sobre vôlei, abaixo listo algumas notas que eu não considero corretas nos rankings deste ano. As listas podem ser consultadas no site da CBV e convido vocês a fazerem o mesmo.
PS: Antes de começar, é importante lembrar que o ranking leva em consideração a carreira, o nível atual do atleta e outros fatores como condição física. Além disto, este ano a CBV acertamente introduziu uma bonificação que beneficia os jogadores acima de 36 anos, que vão perdendo pontos conforme a idade avança. Isto se junta à medida que “zera” atletas com 17 anos ou menos.
Sidão - Mudou para sete pontos justamente em uma temporada na qual ficou boa parte do tempo parado por lesão. Nos três anos anteriores, quando estava “voando”, permaneceu com seis pontos. Faz sentido?
William - É o maestro do Sada, time que vem de três finais seguidas e ninguém duvida que poderia estar na seleção. Mesmo assim, soma apenas seis pontos, um a menos do que eu acho que ele vale
Rodrigão - Já vinha em queda de rendimento desde antes da última temporada e passou os últimos meses se dedicando ao vôlei de praia. No entanto, caiu apenas um ponto no ranking (de 7 para 6). Para mim, deveria ser 5 ou até 4, já que tem 34 anos de idade
Fabiana - É uma grande jogadora, merece respeito por ser a capitã da seleção, mas atualmente não está no nível de Garay, Jaque, Sheilla, Pavan, Tandara, Thaísa… daria 6 pontos
Juciely - É justamente o contrário do caso da Fabizona. Está jogando muito, então merece pontuação máxima. Assim como William, poderia muito bem estar na seleção
Logan Tom - Possui uma carreira respeitável, mas mesmo antes de se machucar nesta temporada já não estava jogando essas coisas. Daria 5 ao invés de 6.
Camila Brait e Fabi - São 5, mas merecem 7
Carol Gattaz - Penou nos últimos anos por conta de um problema no pé, nem jogou a última temporada e ainda assim é 4. Menos, gente… daria um 2
Neneca, Ellen e Angélica - Fizeram uma excelente Superliga dentro das possibilidades que tinham e ganharam um ponto (de 1 para 2), mas eu as classificaria como 3.
Carolina Canossa
Parceria Maisvoleibol / Saída de Rede ( http://saidaderede.com.br)
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