Volei Falado: Análise ao final de temporada de voleibol de praia 2012

Hoje decidi partilhar com todos os leitores do mais voleibol mais uma análise daquilo que foi a temporada de 2012 no que toca ao voleibol de praia.
 

Vou dividir em quatro temas:
• Circuito Mundial
• Jogos Olímpicos
• Campeonato Nacional
• Formação

Desta feita e ao que vem sendo habitual não irei tecer criticas a associações ou federações, embora no que toca a este tipo apenas e numa análise muito rápida, elogiar os esforços que foram feitos ao longo desta temporada para que tudo corresse bem, embora reconhecendo que as criticas essas vão existir sempre e dedos nas feridas vão sempre ser lançados. Contudo agora o tempo é de reflexão e pensar no futuro. Por tal, cá vai a minha análise final de temporada.

Comecemos então pelo circuito mundial. Nesta prova, lamentar a falta de participação lusa, no que toca a atletas em alta competição, mas como diz o outro, paciência. No que toca a esta competição, em minha modesta opinião, a mais competitiva de sempre os favoritos foram-no, e no final e sem grandes surpresas os favoritos acabaram por demonstrar a sua superioridade e as duplas brasileiras acabaram por ser os grandes vencedores, ou seja, Emanuel/Alisson e Juliana/Larissa foram os campeões desta temporada. Ainda assim muitas duplas sobressaíram-se e parecem anunciar que na próxima temporada as coisas serão mais competitivas e diferentes.

Em ano olímpico, a maior competição do século e do ano, realizou-se em Londres, onde o cenário da competição só por si foi fantástico. Nesta prova, que não contou com atletas lusos em competição, ainda assim contou com a presença de três pessoas, diferentes nas suas áreas, mas que ainda assim comportaram-se bem, recebendo elogios por parte da organização. Os nossos artistas foram, Vicente Araújo (presidente da FPV, vice FIVB), José Casanova (responsável da FIVB no Voleibol de Praia) e Rui Carvalho (árbitro internacional) este último o que mais de destacou na competição, fazendo um excelente trabalho que terminou com um prémio mais que merecido, arbitrar a final masculina da prova.
 

O cenário estava montado, os favoritos em competição e a prova em si prometia ser competitiva. Mas como se costuma dizer, os favoritos tem de demonstrar em prova e o facto é que assim aconteceu e as surpresas existiram, se na prova feminina as brasileiras Larissa/Juliana eram as grandes favoritas, as mesmas ficaram pelo caminho e as inesperadas Misty May-Treanor/Kerry Walsh uma vez contra tudo e todos mostraram que ainda estavam para as curvas e renovaram o seu titulo olímpico, conquistado em Beijing 2008. Na variante masculina, a surpresa também foi americana com Todd Rogers/Phill Daulhausser também ficarem pelo caminho, e quando tudo apontava para que Alisson e Emanuel fossem os campeões olímpicos, a festa foi alemã, com os inesperados Julius Brink/ Jonas Reckermann a surpreenderem o universo voleibolistico e a tornarem-se campeões olímpicos em Londres, numa final muito disputada e com a tal presença do internacional Rui Carvalho.

No final da competição, muitas foram as novidades que em 2013 trarão surpresas no panorama internacional, novas parcerias e algumas duplas que se despedem e outras que por motivos pessoais deixam a competição temporariamente.

Agora vamos para o plano nacional, onde num ano com algumas mudanças competitivas e para espanto de muitos com mais etapas em relação a 2011, o facto é que até aqui existiram momentos fantásticos.

Num ano marcado com algumas polémicas, pelo menos foram as criticas de alguns, a competição a meu ver foi qualquer coisa de fabuloso e ao qual me fez prever que no futuro, e mantendo-se assim todas as expectativas no que toca a duplas, tudo indicará que 2013 será um ano de mudanças ou não.

Ainda assim, e analisando a temporada deste ano, foi formidável a competição em si, onde cedo, começou-se a ver quem seriam as duplas favoritas ao titulo, se no sector masculino Pedro Rosas/Rui Moreira e Fabrício Silva/Roberto Reis dividam as vitórias nas etapas, três para cada um, previa-se que o titulo seria decidido por estas duas duplas, contudo e pra não variar as surpresas acontecem e para espanto de todos o titulo seria discutido pelos campeões nacionais de 2011, Roberto Reis/Fabrício Silva diante da dupla Fabrício Barros/Januário Silva, onde uma vez mais acabariam por se sagrar campeões nacionais. 

 

Na variante feminina, a tal surpresa aconteceu, e quando se esperava que Juliana Antunes/Ana Freches poderiam revalidar o titulo, aconteceu o inesperado, sendo que a dupla seria afastada da final, onde todos previam que Tânia Oliveira/Joana Resende seriam as novas campeãs, mas enganam-se, aconteceu algo inesperado e a dita surpresa foi Raquel Lacerda/Joana Vasconcelos que quando menos esperavam acabariam por vencer e convencer o universo voleibolístico nacional para espanto de todos.

Concluindo e resumindo a prova nacional, os vencedores tem de o demonstrar até final de cada prova e uma vez mais, os parabéns a todos.

Por último vem a formação, a eles, apenas pode acompanhar alguns dos resultados através das redes sociais, e pelo que via, lia e ouvia, apenas posso dizer que estão todos de parabéns, desde os atletas, aos organizadores de cada prova e por último aos centros de formação que uma vez mais demonstraram grande vontade de crer fazer mais e melhor. Também uma palavra de apresso aos atletas que participaram em algumas etapas do circuito europeu e em provas satélites, estiveram bem e a pesar dos sucessos ou insucessos que possam ter tido, no campo geral o competir foi o fundamental.

E agora, as minhas despedidas dum ano de 2012 bastante competitivo e desejando os maiores sucessos para todos no próximo ano, e que os sonhos de todos a nível desportivo seja cumprido.