Portugal: Seleção Nacional entra a vencer em Vila do Conde

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

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Foi um triunfo difícil sobre a olímpica Grã-Bretanha que marcou a estreia da Selecção Nacional de Seniores Masculinos no 1.º Torneio da Poule A da 2.ª Ronda de Qualificação para o Campeonato da Europa de 2013, a decorrer no Pavilhão de Desportos de Vila do Conde.

Apesar do resultado (3-2: 26-24, 22-25, 20-25 e 15-10) não ter sido o desejado, o certo é que Portugal mostrou toda a sua determinação ao dar a volta a uma situação de desvantagem (1-2) e rectificar a má exibição rubricada no terceiro set com dois triunfos categóricos nos dois últimos parciais.

Amanhã, Portugal defronta (17h30) a Bielorrússia, em jogo que será transmitido em directo na SportTV.

Portugal acusou algum nervosismo inicial, tendo cometido dois erros, um no serviço e outro no bloco, que permitiram à Grã-Bretanha distanciar-se (3-1).

A equipa de Flavio Gulinelli igualou com dois ataques do seu oposto, Valdir Sequeira. Contudo, e mesmo mostrando-se perdulários no serviço, os ingleses teimavam em continuar na frente do marcador, tendo atingido o primeiro tempo técnico em vantagem (8-7).

Rui Santos, com um amorti, igualou aos 9 pontos, mas a Grã-Bretanha voltou a distanciar-se, com um bloco de Christopher Lamont (11-9). Novo bloco do central britânico colocou Portugal numa situação ainda mais delicada (13-10). Valdir aproximou novamente as equipas e, pouco depois, igualou, mas a equipa de Joel Banks apesar de vacilar não caiu e voltou a chegar em vantagem à segunda paragem obrigatória (16-14) com um ponto obtido no ataque por Nathan French.

Bakare ainda colocou os britânicos a vencer por 18-15, mas Rui Santos empatou a contenda numa altura crucial do set (18-18). Portugal colocou-se pela primeira vez em vantagem aos 21-20, com um ataque de Valdir, que bisou logo de seguida (22-20).

A famosa calma britânica manteve-se (22-22) e, embora João José tenha dado vantagem a Portugal (23-22), Bakare recuperou-a pouco depois (24-23). André Lopes igualou e coube ao zona 4 luso fechar o set a favor de Portugal com um serviço directo: 26-24.

Portugal entrou mais determinado no segundo parcial e atingiu os primeiro tempo técnico com uma vantagem de três pontos (8-5), selada com um serviço directo de Valdir.

A equipa das quinas chegou a liderar com uma vantagem de três pontos (14-11), mas a Grã-Bretanha aproximou-se perigosamente (14-15). Não obstante, os portugueses mantiveram-se em vantagem à chegada ao segundo tempo técnico (16-14).

Com a contenda empatada aos 17 pontos, foi a lucidez de French - colocou a bola no fundo do campo luso através de um passe a uma mão - a dar vantagem aos britânicos.

O equilíbrio prolongou-se (20-20), mas uma má recepção dos portugueses possibilitou a Joel Miller obter o 21.º ponto para a Grã-Bretanha. Mark Mc Givern e Kieran O'Malley engrossaram a diferença (23-20) e seria um ataque do mesmo Miller a fechar o set com o resultado de 25-22.

Miller inaugurou o marcador no terceiro set. O'Malley, com um serviço directo, deu ainda mais confiança à Grã-Bretanha (3-0) e obrigou Gulinelli a reunir com os seus jogadores.

Um bloco de André Lopes/João José ainda encurtou a distância (2-4), mas a determinação britânica ficou bem patente na diferença que se registava à chegada ao primeiro tempo técnico (8-2).

Marco Ferreira fez o 4-9, mas os britânicos continuaram a pressionar no serviço e ataque e tudo se complicou ainda mais para os portugueses (11-4, 13-5).

Os britânicos coroaram este bom momento ao chegarem ao segundo tempo técnico com o dobro de pontos dos seus adversários (16-8).

A reacção da equipa das quinas foi recompensada com três pontos consecutivos (11-16) e Joel Banks pediu tempo técnico para quebrar a recuperação lusa e organizar a sua equipa.

A «táctica» surtiu efeito (17-13), pois os britânicos voltaram a galgar terreno (19-12) e, pese embora a recuperação de três pontos consecutivos pelos portugueses (19-23), rumaram ao triunfo no set por 25-20.

Provavelmente, a pior exibição de toda a época, com a quase ausência da defesa alta, mau side-out e notória falta de poder de fogo no ataque, fizeram com que Portugal se tornasse uma presa fácil para as determinação e rigor táctico dos britânicos neste parcial.

No quarto set, Portugal chegou aos 5-1 com dois pontos consecutivos no ataque de Marco Ferreira e outro num bloco-triplo. Joel Banks reuniu com os seus pupilos e os britânicos recuperaram terreno (3-5). Um ataque de Marco voltou a distanciar Portugal (7-4) e André Lopes, com um serviço directo, afastou ainda mais as duas equipas (8-4).

A Grã-Bretanha reagiu e aproximou-se com um bloco de Lamont (6-9), mas Portugal não acusou o golpe e Alex atacou para o 12-7.

Após o segundo tempo técnico (16-11), a supremacia dos portugueses manteve-se. André Lopes, com um ataque de segunda linha, fez o 20-13 para Portugal, indiciando o triunfo por 25-18, apesar do pequeno susto provocado por dois serviços directos de Bakare (17-23).

No quinto e último set, os portugueses, agora a jogarem desinibidos, evidenciaram por que razão constituem uma das selecções favoritas ao apuramento para o Europeu 2013: 4-1 e 8-4 mostram a evolução da marcha do marcador.

A reacção dos britânicos não se fez esperar (7-9), mas os irmãos Alex e Marco Ferreira voltaram a dilatar a diferença (11-7).

Rui Santos assinou o 13-8 e coube ao capitão João José selar o triunfo no set e no jogo por 15-10.

Alex Ferreira, com 20 pontos, foi o melhor pontuador do jogo. Joel Miller, com 14 pontos, sobressaiu entre os britânicos.

Flavio Gulinelli: "Foi a nossa primeira vitória em jogos oficiais disputados esta época e foi uma vitória muito suada.

Tudo se tornou mais complicado pela forma como jogámos nos três primeiros sets, mas no quarto e quinto parciais, com as modificações em termos de bloco e de recepção, tudo ficou mais fácil".

João José: "Foi um jogo difícil logo desde o início, mas ainda assim conseguimos vencer o primeiro set, depois de termos estado em desvantagem. Nos segundo e terceiro sets, sinceramente, não sei o que se passou. Temos equipa para nos portarmos bem frente a qualquer adversário, mas, e sem querer tirar mérito à Grã-Bretanha, só no quarto e quinto sets mostrámos o que valemos".

Joel Banks: "Só tenho de dar os parabéns aos meus jogadores, pois portaram-se muito bem. Portugal é uma equipa forte e isso ficou bem evidente na Liga Mundial e nos jogos que fizeram recentemente com a Holanda".

Benjamin Pipes: "Nos três primeiros sets, fiquei contente com a forma como jogámos, mas, depois, fomos um bocado abaixo. Ganhar um ponto até que não foi mau. Temos que entrar assim em todos os jogos, para podermos, pelo menos, alcançar o segundo lugar na poule".



Fonte: FPV



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