Tempo Técnico: Reformular voleibol em Moçambique

domingo, 6 de maio de 2012

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O Estado tem que sentar com a Federações e todos os agentes desportivo para reformular o voleibol Nacional...
Confesso que este longo silêncio em minha coluna se deve a falta de acreditar que o voleibol Moçambicano possa mudar, ao menos com esta estrutura actual. Confesso também que estive reunido com importantes autoridades desportiva e de algumas senti uma grande vontade de mudanças, e de outra, ainda uma tomada de posição dentro do novo órgão que preside.

Para uma desta autoridade falei da implantação do CDD (Centro de Desenvolvimento Desportivo) uma ideia simples que não custara nada ao bolso público, somente uma reformulação dentro dos núcleos desportivos de cada bairro. A ideia é simples cada bairro teria um CDD por modalidade. Onde os melhores atletas dos jogos escolares de cada bairro formariam a selecção do bairro. Uma quadra do bairro seria designada para ser o núcleo e um Treinador seria responsável por este treinamento. Na íntegra haveria mais atleta treinado, e uma base forte se formando para as categorias de base e futuramente para equipas nacionais. Custo para o estado, praticamente zero.

NA Matola com iniciativa própria, do governo provincial e da Hotso estuda-se a implantação de CDD . Na primeira fase, já foram capacitados técnicos locais, e seguira uma segunda fase de treinamento. Pensa-se para os jogos escolares começar a seleccionar atletas para os CDD. Dependendo do sucesso deste primeiro centro a iniciativa poderá se espalhar para a província.


A Segunda ideia vem do Voleibol Canadiano. Onde o principal segmento indoor é o voleibol Universitário o qual poderia servir de base para no Voleibol Moçambicano. Recentemente estive no Canadá, vi uma secção de treinamento das equipas B e A em preparação para a liga mundial neste mês. Encontrei-me com Vicent Pichette, um ex-treinador do Cegép de Outauais com o qual trabalhei em 2007 e hoje é treinador adjunto da Equipa Canadiana.


Embora um país desenvolvido, o Canadá tem dificuldade de material humano, segundo Vicent o canadiano tem uma série de desporto de verão e de inverno, sendo que o funil para o voleibol é pequeno, alguns pouco vão para o desporto e depois de uma certa idade e terminando a universidade ainda se ver reduzido este número. Lembrando que entre 25 anos em diante seria a idade de Altos nivel. Nesta mesma idade muitos atletas terminam a universidade e aqueles que fazem parte da selecção nacional, jogam fora do país e os talentos ficam treinando na selecção B.

Lembro-me que na minha última coluna falei também que muitos técnicos brasileiros enfrentaram problemas, e segundo Marcos Lebarch : A diferença do técnico brasileiro para o outros do mundo é a criatividade. De longe não temos o material das escolas e universidades canadianas, nem no Brasil e muito menos em Moçambique. Porque cito as duas escolas aqui Moçambique, para dizer que todos tempo problemas, mais todas tem planeamento e aportam naquilo que se tem de melhor.

Penso que estas duas realidades poderiam ajudar muito ao desenvolvimento do voleibol de Moçambique e com isso ajudar a desenvolver uma realidade nova Moçambicana. Penso Moçambique deveria priorizar o desporto universitário, deixa-lo forte e depois pensar em um desporto profissional. No voleibol a maioria das equipas não pagam um atleta, todos jogam por amor a camisola, salvo uma, que paga uns e outro. Em outras equipas há promessas de estudo.

Fortificando o voleibol Universitário, o atleta ganharia e o voleibol ganharia muitos, pois as universidades que são na maioria pública ,poderia oferecer bolsas de estudo, como se acontecem no Canadá. O aluno-atletas, teria tempo de treinar e quando saísse da universidade teria uma formação, e os melhores poderia treinar em uma espécie de Selecção permanente.

Mudanças são difíceis, são duras, porém devem acontecer. O voleibol como esta não vai a lugar nenhum, há um imenso amadorismo. Há um medo colectivo de mudança, por parte de vários agentes desportivo, porém estas mudanças tem que ser feita, agora, rapidamente e duras ,doa a quem doer e para o bem do desporto nacional, se não Moçambique continuara pagara muito caro e amargar sempre os últimos lugares...

Termino esta matéria com a frase de Ary Graça, presidente da confederação Brasileira de voleibol :
“Nada acontece de repente, por acaso, por sorte. Não existe isso. Existe planeamento. Houve um há 15 anos, que hoje está se concretizando. Eu até confesso que não planeava ganhar tanto, mas estamos ganhando por força do nosso planeamento. E isso se deve, também, aos nossos patrocinadores Banco do Brasil e Olympikus”, declarou Ary Graça.


Hildeberto Araújo
Tempo @técnico



3 comentários:

Alexandre Santos disse...

Sem dúvida que mudanças são precisas. Se pela via da Federação não há mudanças, talvez dinamizando a os jogos organizados pelas associações, ou seja (patrocínio)... e por essa via abrir os olhos de quem deveria olhar para o se passa dentro da Federação.

Alexandre Santos

delcio disse...

O voleibol Mocambicano nao mudara tao ja Beto, os dirigentes Mocambicanos comecando pelo Presidente da federacao nao esta nada interessado na progrssao do voleibol facto este que somente a equipe femenia de volei de praia e que continua a lutar por uma vaga nos jogos de Londres tudo porque segundo o secretario geral Pelagio Pascoal nao havia dinheiro tanto e que a esposa do Presidente da federacao e que emprestou dinheiro a selecao de Mocambique! saudosos dirigentes nao exagerem nos factos, meninas muita forca pra voces. Delcio Soares

José Luís Sousa disse...

A direcção da FMV tem que ser profissional. Chega de brincar com coisas sérias. Este ano termina o ciclo olímpico, consequentemente haverá ou pelo meno deve ter lugar as eleições nas Federações. Que se faça justiça na FMV e que acabe o regime Camilo Antão.

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