
Os espinhenses entraram melhor no jogo. Galvanizados pelo seu público, os jogadores da AA Espinho pressionaram, através do serviço e bloco, o seu adversário e, actuando com eficácia, chegaram ao primeiro tempo técnico com uma vantagem de três pontos (8-5), com o 8.º ponto a ser conseguido através de um bloco individual de Fabrício Barros.
No reatamento, a equipa de José Jardim fez tudo para rectificar a má entrada na partida e essa determinação acabou por dar os seus frutos, já que os lisboetas igualaram aos 9 pontos por intermédio de um ataque de segunda linha desferido por Reidel Toiran.
Os academistas não acusaram o golpe. Aguentaram a reacção do adversário e, com a frieza necessária, voltaram a construir uma vantagem de de três pontos (14-11).
Ao atingir-se a segunda paragem obrigatória, a diferença era já de quatro pontos (16-12), com o último ponto a ser obtido novamente por Fabrício Barros, desta vez no ataque.
Nunca mais a equipa de Rogério Lopes abriu mão da vantagem, tendo gerido a distância pontual com discernimento e, sobretudo, maior eficácia, no bloco e na defesa baixa, factores bem complementados com a agressividade do serviço.
Isso permitiu aos «mochos» jogar com sabedoria e aproveitar os erros dos adversários para fechar o set a seu favor (25/21), com o último ponto a ter a chancela de Fabrício Barros.
O segundo set foi muito diferente. o SL Benfica entrou em força, fez o 1.º ponto com um serviço directo de Robert Koch e, com determinação, foi somando pontos (3-0 e 7-2), tendo atingido o primeiro tempo técnico com uma vantagem de quatro pontos (8-4), que premiava a eficácia do seu serviço e o maior acerto defensivo e na recepção.
A eficácia demonstrada em todos os fundamentos do jogo permitiu ao SL Benfica chegar ao segundo tempo técnico com uma vantagem substancial (16-7), selada com um ataque de Flávio Soares.
A AA Espinho não baixou os braços e, como é seu timbre, lutou até ao apito do árbitro, mas a exibição bem conseguida dos «encarnados» forneceu-lhes a dose certa de confiança para continuarem a arriscar, quer no serviço quer no ataque, e vencer, com naturalidade, por 25/12, com um ponto no ataque de Marc Honoré.
O terceiro set foi marcado por um equilíbrio inicial no marcador, após ligeira vantagem da AA Espinho (3-1, 5-5, 8-8, 10-10). Depois, um ponto de Roberto Reis no ataque e de Honoré no bloco, estimularam o SL Benfica (13-11), que foi fortalecendo a distância pontual até ao segundo tempo técnico (16-11) e mesmo no último terço do set (18-12), até ao resultado de 25/16, com o último ponto da equipa de José Jardim a ser obtido, curiosamente, num erro no serviço de Fabrício Barros.
O quarto set iniciou-se sob grande nervosismo das duas equipas. A AA Espinho jogava a sua última cartada e o SL Benfica queria garantir desde logo a vitória e não deixar que a decisão quanto ao vencedor fosse hipotecada na «negra».
O primeiro tempo técnico atingiu-se com o SL Benfica a vencer por três pontos (8-5), vantagem que foi consolidando (14-8) até à segunda paragem técnica (16-12) e para além desta (21-11), decidindo desde logo o triunfo no set e no jogo (25/15).
Fabrício Barros (AA Espinho) e Flávio Cruz (SL Benfica), respectivamente com 14 e 13 pontos, foram os melhores pontuadores do jogo.
No final, os troféus referentes ao vencedores e finalistas foram entregues às equipas por Nuno Texier, da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Barbosa de Melo, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Vicente Araújo, Presidente da FPV, Eduardo Aragão, Presidente da AA Espinho, João Coutinho, Vice-Presidente do SL Benfica e Joaquim Vilela, Presidente da AV Porto.
José Jardim, que, como treinador, venceu hoje a sua 5.ª Taça de Portugal, salientou:
"A AA Espinho entrou bem no jogo e nós, pelo contrário, entrámos muito pesados e cometemos muitos erros na defesa. Isso deu alento ao nosso adversário, que ganhou confiança e venceu o primeiro set.
Depois, soubemos utilizar o serviço com inteligência, servindo curto e de forma agressiva, para impedir um bom side-out da AA Espinho e conseguimos maior eficácia no bloco.
Gostava de dedicar esta vitória ao público, que foi monumental, bem como à minha mulher e filhos, que sofreram connosco, e enaltecer a verdadeira festa do Voleibol que é sempre a final da Taça de Portugal"..
Rogério Lopes, Treinador da AA Espinho, referiu que a equipa cumpriu a sua missão:
"O nosso objectivo era desfrutar ao máximo desta festa que é a final da Taça. Se desse para ganhar um, dois ou três sets, isso depois se veria. O importante é que a pressão não estivesse do nosso lado.
No primeiro set, estivemos bem e demos uma boa imagem da nossa forma de jogar. O SL Benfica equilibrou no segundo set e ganhou confiança, criando-nos muitos problemas defensivos e não permitindo que desenvolvêssemos o nosso ataque.
Creio que dignificámos o clube e a competição e que o público gostou do jogo".
Fonte: FPV
Sem comentários:
Enviar um comentário
Leia antes de fazer o seu comentário:
- Todos os comentários serão revistos pela administração antes de serem publicados
- Palavras ofensivas serão removidas
- Os comentários não reflectem a opinião dos autores
- Não coloque links no comentário para divulgar outro blog ou site, basta utilizar o OpenID na hora de enviar o comentário e o seu link ficará gravado.
- Administração agradece que não comente em "anónimo"
Este blog respeita todos os seus leitores. Obrigado pelo comentário!